segunda-feira, 20 de agosto de 2018

De par em par

Ontem foi triste
Ver-me em pedaços:
Tossindo a fuligem do mundo
E delirando a realidade.


Daria tudo para entender
As angustias meninas
O oceano desanimo
Que não se sabe o porquê.


Dia comum, dia infeliz
Chuva em alma deserta
Onde sorrir e chorar tanto faz
Algo, pois, dilacera o ser.


Ontem não caminhei
Não sonhei
Não fingi
Chorei.


Trago uma possível definição:
- As dores do mundo assolaram meu peito
(Sem identidade; sem explicação)
Sem direito à resposta.


Restou-me sentir o momento
Observar o orvalho do tempo
E agradecer as gotas de esperança.


Hoje aquilo mudou
Mudou o mundo
Acordei disposto...
Escovei o dia com poesia.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Risco de Amar

Se o Amor
Em sua faculdade não ideal
É uma Quimera.
Ora sorriso, ora mortal
O que me resta?

Diante da pequenez do homem
Diante do pobre horizonte da vida
Angustiado pelas escolhas do coração
Amar ou não-Amar (calar)?

Não amar é para os mudos
Para outros, andar sempre em brasas
Gritar, gemer e grumir o constante medo
Seja por solidão, seja por dessentido
Toda pluralidade jaz sepultada.

Prefiro, aqui
Caminhar em plena dor
E, vez ou outra, sonhar!

Escolho a breve ilusão
Do talvez (em tempos)
Da esperança insana.

Prefiro o risco de viver
Que não Amar por frio ou medo
Entre os futuros desse presente.
Saraiva